sexta-feira, 1 de julho de 2011

Um breve resumo do que são as mídias sociais...na prática.


Alguns podem até dizer "mas Lucas você tem orkut!".
Tenho sim, mas só estou lá porque se eu sair os depoimentos que escrevi vão sumir.

terça-feira, 31 de maio de 2011

A psicose da felicidade

É estranho pensar na forma como certas coisas nos incomodam e por mais que nos esforcemos em horas de reflexão, não conseguimos identificar a real fonte de tamanho desconforto associadas a tais “coisas”. Mais estranho ainda é pensar que, às vezes, precisamos que outra pessoa que nos mostre o quão óbvio é esse incomodo. Só pra exemplificar, isso aconteceu comigo no estouro dessa onda de Crepúsculo. Além dos incômodos lógicos causados por um vampiro que brilha no sol, havia também aquela sensação chata de exclusão, por mais óbvio que seja se sentir excluído na celebração do homem ideal para olhos imaturamente femininos, que só me foi esclarecida quando assisti a esse vídeo do Felipe Neto.
Bom, na semana passada, diga-se de passagem, uma semana de acontecimentos ridiculamente ridículos como o dia do orgulho nerd, muito se falou e muitos créditos foram dados a tal Banda Mais Bonita da Cidade e seu megahit “Oração”, com um vídeo que parece mais uma confraternização de universitários, do qual não passei dos 3 minutos, e com uma letra curta e tão pegajosa quanto o “Shimbalaiê” da Maria Gadu. Eis aí o pivô de mais um incomodo sem uma causa aparentemente plausível, afinal pensem comigo: Por que se sentir tão incomodado por uma musica tão fofa que nos remete a uma forma tão inocente de felicidade?
Pois bem, tudo me foi esclarecido hoje quando, em mais uma das minhas “andanças” pela rede, li um artigo do Regis Tadeu, colunista do Yahoo, de quem há algum tempo eu já vinha questionando a competência. Depois de inúmeros artigos pífios e uma fatídica entrevista com um dos principais representantes do “Cafona Rock”, em um momento de iluminação escreveu esse artigo.
Obrigado Regis.
Eis que meu incomodo com esse vídeo se tornou tão claro quanto o Edward Cullen pegando um solzinho na praia do Futuro: O ridículo estereótipo universitário brasileiro. Afinal como eu não me sentiria incomodado em saber que em meio às camisas brancas bem passadas, às barbas e sandalhas, que junto das bijuterias hippies e da frouxidão das vestimentas femininas eu estou sendo representado? E isso tudo em meio a toda uma atmosfera intencionalmente criada para passar idéia de superioridade intelectual de quem tem tempo entre as leituras de Dostoiévski para fazer rimas ridiculamente felizes.
É ridículo pensar que o grupo que formará, ou até pensa que já forma, a “elite intelectual” deste país colaborou de forma tão psicótica ao que o Régis brilhantemente definiu como “bundamolização” da música brasileira, que, diferente do que essa mesmo colunista pensa, não passa por Los Hermanos(que adoro) e sim pela colorice do Restart e mesmo pela cafonice de bandas como NX Zero e Fresno.
Pra você que também se sente contaminado com tanta inocência e sentimentalismo intelectualizado, taí uma música pra você se sentir mais mundano e menos cabeça:

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O velho rock and roll.

Há alguns dias atrás eu estava, pra variar, de bobeira na internet, quando me deparei com isso aqui.
Pra que não clicou no link, esse artigo do UOL fala sobre a “versão” que o Detonautas fez para o clássico “Back in Black” do AC/DC, sendo essa ultima com certeza uma das mais fantásticas criações de uma banda de rock.
Não quero entrar em uma discussão sobre a qualidade(ou a falta dela)na versão que eles fizeram, mas não deixo de pensar que, sendo o Detonautas uma banda que não surgiu ontem, creio que eles já sabiam em que encrenca estavam se metendo.
Muito mais do que o conteúdo da página em si, o que chamou minha atenção mesmo foram os comentários que algumas pessoas continuam deixando por lá; antes que qualquer pessoa pense nisso, não estou querendo entrar num discussão sobre o que pode e o que não pode ser considerado trollagem, embora eu pense que graças à internet vivemos na época dos impositores de opinião. Se vocês lerem esse post aqui, provavelmente concordarão comigo (ou não, fiquem à vontade).
Quando coisas como essa acontecem, não deixo de pensar que, mesmo as coisas mais legais, como o rock, acabam por literalmente se desvalorizar, se é que lá pros anos 60 o rock tinha algum “valor” no sentido conservador da palavra; é bem complicado falar sobre isso sem parecer um hipócrita, mas a verdade é que vez por outra vou parar dentro de uma conversa com um babaca qualquer vestindo uma blusa preta de uma dessas bandas que tem um castrado como vocalista sobre o que é o “Verdadeiro Rock”. Ainda mais interessante é pensar que, mesmo vivendo em uma época em que todo mundo parece entender mais do que qualquer um sobre o assunto, a trupe de preto fica cada vez mais longe do que realmente surge de legal e inovador no rock.
A minha opinião é que, no geral, o rock deixou de ser um adolescente rebelde brigando com os pais para ir a um show com os amigos e se tornou um velho chato e rabugento discutindo com os filhos sobre o que eles devem ou não devem fazer. É lógico que toda minha argumentação esbarra no direito que até as mais retardadas das pessoas têm de poder expor suas opiniões.
Há! E se vocês querem saber: não gostei da versão que o Detonautas fez, mas achei a iniciativa muito válida.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Direito de Inexpressão

Antes de qualquer coisa, gostaria de ressaltar a coerência que existe em alguém que não é lá muito eloqüente e luta pelo próprio direito de inexpressão. Sim, estou, modestamente, falando de mim. (Só pra variar)
Antes também que alguém pergunte, já dou logo a reposta: Não! Não estou com raiva de ninguém. Não! Não escrevi este texto para ninguém especifico e não, não estou mentindo.
O direito de inexpressão é aquele que todos têm, mas que, infelizmente, nem todos usufruem, de ficar em silêncio. Fico surpreso o quanto certas pessoas não sabem ficar caladas em determinadas horas, nas quais por mais que as palavras sejam bonitas, elas têm tanta importância quanto um monte de merda indo descarga abaixo. É desse direito do qual usufruo ultimamente, o direito de não falar porra nenhuma sobre nada; e quando falo em “nada” me refiro sim a minha vida sentimental, afinal, a canção permanece a mesma.
Se existe alguma razão para esta decisão? Claro que sim, afinal, nada acontece por acaso. A verdade é que, apesar desses últimos meses terem sido muito bons, nesse mesmo período, todas as minhas convicções foram postas à prova, algumas foram até desbancadas. Penso em como um bando de nerds mais jovens do que eu me ajudaram a aceitar coisas nas quais me recusava em acreditar. Penso na forma em que a pessoa menos indicada, e quando falo menos indicada , me refiro a alguém que fuma e freqüenta bares, me ensinou que afeto tem muito mais a ver com presença do que com juras piegas e que se aventurar pode ser perigoso mas é sempre muito bom. Não que eu ache fumar e freqüentar bares um pecado hediondo, se existe autocontrole, não vejo nada demais; Enfim eu só queria ser especifico, me refiro a alguém que eu adoro, que beija muito bem e que nunca vai ler esse texto.
Nestas últimas semanas me questiono qual a moral que tenho pra falar em relacionamentos saudáveis se a coisa mais certa que se pode concluir em todos esses textos que estão aí embaixo, é a minha total inadequação aos romances clássicos. Se fiquei triste quando cheguei a essa conclusão? Claro que sim, principalmente por ser algo que no fundo eu sempre soube; Robert Plant já e avisava quando cantava “ I live for my dreams and a pocket full of gold”. Mas aí o Marcelo Camelo me deu um safanão quando me perguntou “O que te sobra além das coisas casuais?” Na faixa seguinte, o Rodrigo Amarante me ajudou a perceber o que eu não queria quando disse “ o quanto levou foi pra eu merecer”.
De forma resumida eu posso dizer: Meu silencio é fruto da quebra das minhas convicções e da falta de vontade de permanecer em uma busca incessante por adequação. Alem do mais, eu acabei percebendo que em uma vida cheia de altos e baixos em que todo mundo precisa de um banho de alto estima de vez em quando, sinceridade e sentimentalismo em excesso acabam se tornando um paraíso para narcisistas.
Só pra concluir, para aqueles babacas que estão pensando naquele verso do Los Hermanos “Não te dizer o que penso já é pensar em dizer”, eu digo: Não vou deixar de ser sincero nem de ser sentimental, afinal, a canção permanece a mesma, o que muda é que nem todo mundo vai me ouvir cantar agora.