domingo, 17 de outubro de 2010

Come As You Are


Se eu posso deixar um conselho para os nerds mais jovens do que eu, o conselho é:
Se você quer ser levado a sério então LEVE-SE A SÉRIO! Quando falo em se levar sério não falo em adotar uma postura carrancuda e fechada ou outra das características listadas no profile de um homem sério; quando falo em se levar a sério, falo em lutar para ser aceito assim, do jeito que você é, com todas as qualidades mas, acima de tudo, com todos os seus defeitos. (acho que já escrevi isso em outro texto)
“Todos os homens são cafajestes!” Borbulho de raiva toda vez que uma de vocês mulheres me diz isso, tendo em vista que por qualquer bobagem somos taxados como tais. Não posso falar por todos os homens, mas acho que o fato de eu olhar quando uma mulher bonita passa na rua ou mesmo o fato de eu querer ficar com mulheres bonitas não faz de mim uma má pessoa, e afinal, o que é pior? Um homem acordar ao lado de uma mulher que não é tão bonita assim ou uma mulher acordar ao lado de um homem sem caráter? Nos tempos de hoje uma boa aparência se compra, mas caráter ainda está em falta no mercado.
E eu não vou nem falar no senso deturpado de caráter que algumas mulheres têm, mas como eu sou “legal demais”, vou dar uma dica pra vocês: Um homem de verdade é aquele que faz e deixa pra falar depois, um homem que não presta é aquele que fala muito e não faz nada depois. Peço perdão por todos os homens cafajestes, mas tenho que dizer que esses caras só trapaceiam em um jogo que todas vocês se propõem a jogar, “o jogo dos relacionamentos”. Pelo o amor de Deus, relacionamentos fazem parte da vida, mas A VIDA NÃO É UM JOGO!
Posso garantir que para cada cafajeste que vocês deixaram entrar em suas vidas, há pelo menos três caras decentes que vocês escorraçaram para longe dela.
O que eu estou tentando dizer é: Não tentem deduzir nada sobre o caráter de um homem sem antes conhecê-lo, por que acreditem, até o retardado mais artificial que você venha a conhecer tem a capacidade de te surpreender. O caráter de um homem não está no que ele diz e sim no que ele faz e um homem sério não é aquele que vive sério é aquele que leva a vida a sério.
Termino esse texto com um conselho em forma de verso deixado pelo saudoso Kurt Cobain não só às mulheres, mas a todas as pessoas:
“Come as you are....
And I swear that I don’t have a gun”

domingo, 29 de agosto de 2010

Maturidade


O que me incomoda em ficar mais velho não são as responsabilidades da vida adulta ou a constatação de que não sou o bonitão que eu imaginava que seria aos vinte três quando tinha treze; o que me incomoda também não é saber que vou ter que trabalhar muito mais do que imaginava pra realizar meus sonhos ou que por mais que eu fique velho, a minha irmã mais nova sempre parece saber mais sobre tudo do que eu. O que me incomoda mesmo em ficar mais velho é essa historia de maturidade, e o quanto as pessoas (e quando falo pessoas me refiro às mulheres) parecem não fazer idéia do que isso significa.
Ainda hoje, principalmente quando estou em casa, estranho quando as pessoas se calam para ouvir o que tenho a dizer, o que é normal para quem teve uma educação cristã da qual um dos parâmetros é nunca responder ou mesmo interromper os mais velhos; com o tempo a gente acaba se acostumando e acaba ficando calado o tempo todo, exceto quando na companhia dos amigos. Com isso já é possível deduzir parte do meu comportamento: tento ser legal, brincalhão (às vezes até excessivamente, admito), nunca falo alto ou sou tagarela e na grande maioria das vezes tenho sempre uma expressão neutra no rosto e só me aproximo das pessoas até onde elas permitem.
No entanto é incrível o quanto certas pessoas tendem a confundir essa “meia – simpatia”, com infantilidade; chego até a pensar que se eu tratasse mal as pessoas elas fariam mais juízo de mim. Não que eu me importe com o que as pessoas pensam de mim, desde que elas fiquem só pensando esta tudo ótimo, mas, se entrarmos no campo dos relacionamentos, o juízo que fazemos de alguém é essencial.
Eu tenho uma regra básica, que provavelmente vou levar pro resto da minha vida, que é conversar indiscriminadamente com QUALQUER garota, mesmo aquelas pelas quais sinto atração física. Levo isso comigo porque acho simplesmente ridículo e digno de pivetes de 15 anos de idade, encarar toda garota como uma presa; acreditem quando digo que caras que chegam dizendo coisas do tipo “E aí, gatinha?”, estão mais interessados nos seus decotes do que em prestar atenção em qualquer coisa que vocês venham a dizer; mas acho que vocês já devem saber disso, não é?
Penso que a palavra “maturidade” é uma daquelas muitas cujo sentido anda se perdendo com o tempo, ou seja, assim como o Dunga deixou de convocar o grupo dos melhores jogadores brasileiros em atividade para convocar o grupo dos jogadores que acreditavam em uma causa, transformando o time em uma seita; assim como tem gente por aí que acha que banda de rock deve chamar muito mais atenção com a cor das roupas do que com sua musica, tem gente por aí achando que maturidade deve ter alguma coisa a ver com carros, roupas caras e dinheiro pra gastar no final de semana.
Bom, eu admito que não sou o cara mais maduro do mundo, mas o fato de usar camisas estampadas, bermuda e chinelo, não quer dizer que vou te chamar pra brincar com os meus playmobiles (antes que alguém pergunte: Não, eu não tenho playmobiles, era só uma metáfora).
Se maturidade significa ter tudo aquilo que citei, então sou o cara mais infantil do mundo pois não me importo nem um pouco com essas coisas. Importo-me sim em ser melhor em todos os aspectos realmente significativos da minha vida, ou seja, ser melhor como irmão, filho, amigo, estudante universitário e aspirante a escritor. Se conseguir isso tudo, não me levem a mal, mas o resto que se exploda!
Então se você prefere dar uma voltinha de carro a ter uma conversa proveitosa ou ganhar um roupa cara de presente de aniversário a uma carta(modéstia à parte, bem escrita e sincera) e um vestido mais barato, ou até mesmo ir a uma a festa do que sair comigo e meus brilhantes amigos, DEIXE-ME EM PAZ!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Do alto da minha idade.


Estava eu cá pensando com meus botões, com a TV ainda um pouco quente após ter assistido uma reportagem sobre a moda e o impacto de Abbey Hallie e Amy Winehouse no cabelo das adolescentes, me exercitando ao som de Freak Show quando tentei compreender os versos de Daniel Johns, saídos de uma época em que só era preciso alguns amigos, instrumentos musicais, atitude e, acima de tudo, sensibilidade para se montar uma boa banda de rock. Que me perdoem os adolescentes, mas esses caras que andam tocando por aí tem o rosto tão corado, o cabelo tão bem tratado que me questiono se eles são tão sensíveis quanto afirmam e cantam, tendo em vista que há dez anos atrás esse mesmo Daniel Johns quase caia pelas tabelas cantando sua “doença emocional”.
Dizem que os mais velhos sempre vão resmungar que as coisas eram bem mais brilhantes em seus tempos de juventude, e quer saber? Talvez seja verdade. Talvez uma juventude feliz seja um poço sem fundo de felicidade do qual nos valemos para tentar enfrentar as dificuldades da vida adulta. Vendo dessa forma me sinto muito seguro para gritar a plenos pulmões: Eu tive uma adolescência MUITO FELIZ. Lembro que quando tinha meus treze anos de idade, minha mãe já falava “As coisas não são mais como eram antigamente” e quer saber de novo? E daí!
Dez anos depois, acabei percebendo que vivemos em um mundo tão doido, que nos apegamos a qualquer coisas que nos lembre dos tempos em que éramos indiscutivelmente felizes, por mais artificiais que essas coisas sejam. Lembro de tudo o que vi e vivi, de todas as situações que me fizeram chorar de rir, de todas as pessoas que conheci e percebo que essas coisas me marcaram muito mais do que qualquer coisa ruim que eu tenha vivido. Generalizando: Essas coisas, pessoas e momentos definem quem somos hoje e, por vezes, quando somos balançados pela duvida e pela decepção, nos ajudam a lembrar o tipo de pessoa que queremos nos tornar e as coisas que ainda temos que fazer. Então o que importa se escutamos Silverchair ou nx zero? O que realmente importa é se conseguimos ou não nos lembrar.
É lógico que nem tudo foi um mar de rosas, coisas ruins aconteceram a mim e a muitas outras pessoas, mas sabe o que eu aprendi? Que por mais que nós tenhamos sentido raiva, o que importa é tirarmos uma conclusão pelo menos razoável do que aconteceu e que, sempre que tivermos oportunidade, compartilhar isso com quem gostamos sem aquele ar desdenhoso de quem quer mostrar experiência de vida.
Eu, como qualquer outra pessoa saudável, tirei minhas conclusões e continuo tirando mesmo que, até entre aqueles que eu amo, existam os que discordem de mim, os que digam que eu moro em um campo de morangos e que é muito fácil dizer que não me importo, mesmo assim vou continuar não me importando, vou continuar concluindo, vou continuar vivendo.
Há algumas semanas atrás eu escrevi em minha agenda: Do alto dos meu 23 anos, eu cheguei à conclusão de que, na vida, não existe essa história de vencedor ou perdedor. Ha! Grandes salários, grandes casas, grandes carros, grandes casos. Uma grande ilusão. O que na realidade existem são pessoas que compreendem ou não a vida que tem. Acho que deve ser essa explicação para existirem pessoas extremamente pobres, mas, ainda assim, felizes e, em contraponto, pessoas que tem tudo menos satisfação.
E você? Do alto da sua idade, que conclusão você tirou?

sábado, 20 de fevereiro de 2010

A música que dá nome ao blog

Eis aqui uma postagem inutil: tive a idéia de mostrar de onde saiu o nome do blog (como se ninguém conhecesse essa música ou a banda que tá tocando!)

Sou Led Zeppelin até o fim!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O Grilo

A noite passada não foi uma das melhores que tive. O que me incomoda quando tenho problemas para dormir não é puramente o fato de não estar dormindo e sim as vozes que ecoam no meu cérebro que parece se estimular com o silêncio noturno. Como se já não bastasse meu pensamento acelerado, minha família e eu fomos atormentados por um grilo que, assim como aqueles cidadãos embriagados pelo espírito carnavalesco, que a noite se perdem pelas redondezas e pela manhã se encontram perdidos, foi parar no telhado da minha casa. No entanto sendo bastante compreensivo e, acima de tudo, justo com esse nobre inseto, devo admitir que mesmo se ele não estivesse lá, eu não teria pegado no sono tão fácil.
Se minha mãe tivesse o costume de comentar as coisas que coloco aqui, ela diria que a principal causa de eu estar tendo problemas para dormir são os pedaços da madrugada que perco em frente a esse computador, explicação que pra mim não tem lógica já que o que geralmente me tira da frente dele é o sono. Então por que não durmo?
O mundo se transformou em um lugar totalmente caótico em que informações chegam de forma rápida e fácil; então precisamos fazer uma coisa que nunca nos ensinaram: filtrar informações. Como também nunca me ensinaram a fazer isso, fico com tanta coisa na cabeça que quando chega a noite meu cérebro esta acelerado demais para pegar no sono.
Sendo mais específico, pensar sobre televisão e, sobretudo sobre cinema tem tirado meu sono, pois parece que a mais nova tendência desses meios de comunicação é colocar nas pessoas um medo que ultrapassa a ficção.
Eis aí os grilos que, dentro da minha cabeça, faziam ainda mais barulho que aquele no telhado.
No mês passado fui ao cinema e fiquei muito assustado. Perdi quatro noites de sono pensando que ou o mundo viria abaixo em diversas calamidades previstas para daqui a dois anos pela profecia de uma civilização extinta ou então a humanidade se tornaria escrava de uma raça de extraterrestres sumério-marcianos. Na mesma época recebi a visita de um amigo que disse ter assistido um documentário que fala que a humanidade é governada por uma seita de intelectuais que têm o plano de, futuramente, eliminar nada menos que 80% da população do planeta. Sem falar que um outro amigo me relatou que foi ao cinema com a namorada e quase foi nocauteado pela cauda de um monstro que, para ele, estava do outro lado da tela.
Penso que o próximo passo da indústria do entretenimento, alem de continuar tirando o sono de muita gente e gerar ainda mais polemica, é fazer jorrar sangue nas pessoas e fazê-las sentir o calor das explosões.
Frente a essa saraivada de informações, o único consolo que temos é a liberdade de poder fechar os olhos e tapar os ouvidos (pelo menos enquanto nenhum cineasta maluco não crie uma forma de projetar imagens nas nossas mentes) e viver na ingenuidade do mundo que criamos com as coisas boas que podemos filtrar.

A ignorância é uma benção.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sopa de Letrinhas – Parte 1

Ontem à noite tive uma conversa bastante proveitosa com um velho amigo. Gostaria de poder contar a todos, pelo menos de forma superficial, o teor da conversa, mas, infelizmente não consigo me lembrar de muita coisa.
Como posso qualificar uma conversa como importante se nem ao menos consigo me lembrar dela?
Sinto com se tudo o que eu vivi durante essa prosa fosse uma sopa demasiadamente aguada de letrinhas que insistem irritantemente em não formar palavras concisas. Isso é absolutamente frustrante.
Confesso que o que me deixa ainda mais irritado é que me lembro de algumas coisas que ele me disse, no entanto, não lembro nada do que falei ou dos argumentos que usei.
Será que eu não falo mais? Ou pior, será que eu ando falando sem pensar?
Vou pensar...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

De bobeira... parte 2

Continuando com essa onda de escrever sem nenhum motivo aparente, gostaria de dizer que:
Estou pensando em alguém!
Ora não há nenhuma novidade não é?! Afinal todos nós sempre pensamos em alguém e a pessoa a quem eu me refiro ocupa um bom espaço na minha cabeça.
Estou pensando em alguém!
E é realmente estranho quando você passa a pensar de outra forma sobre uma pessoa que você sempre pensava.
Estou pensando em alguém!
Mas o que há de diferente dessa vez? Por ter tido a oportunidade de conversar mais talvez? Por que as circunstancias sejam outras talvez?
Estou pensando em alguém!
E agora estou tentando pensar menos com medo de que eu acabe voltando a pensar da forma antiga.
Estou pensando em alguém!
E nem posso sonhar muito, tendo em vista o que ela andou me dizendo sobre o que queria para si.
Estou pensando em alguém!
E isto já esta me assustando.
Estou pensando em alguém!
Meu Deus! Acho que fui tapeado, será que me fisgaram?!
Que Droga!
ESTOU PENSANDO EM ALGUÉM!!!

De bobeira....

Ainda não sei exatamente o que está me levando a escrever esse texto. Depois de alguns anos de estagnação, minha cabeça está finalmente entrando nos eixos, ou seja, estou confuso e não tenho idéia do que fazer.
Estas últimas semanas parecem um borrão, o primeiro mês de 2010 já esta quase no fim e o resto do mundo soa tão distante quanto as badaladas do relógio da igreja indicando que são onze horas. Chego à conclusão que tudo que tem me incomodado nesses últimos dias são minhas próprias obsessões.
Estou cansado de todo meu narcisismo, de toda minha preguiça e auto – piedade, estou cansado da mediocridade que mostro nos meus surtos de grandeza; sempre defendi a individualidade frente ao individualismo, mas acabo de ver que nunca tinha percebido a linha tênue que existe entre essas duas coisas. Ter individualidade significa ter a coragem de sermos quem somos mesmo sabendo o quão isso é pequeno frente ao mundo que nos rodeia.
Ainda não tenho idéia do que quis falar nesse texto e já passa do meio dia, mas isso não quer dizer que as coisas não estejam um pouco mais claras para mim. Termino isso com a frase que agora ecoa na minha cabeça, uma frase que uma amiga me disse: “Triste não é ser normal, triste é ser comum”.